Nesta cirurgia é implantado um tubo que funcionará como uma válvula, atravessando a malha trabecular e redirecionando o fluxo do humor aquoso para uma bolha no espaço subconjuntival. Está indicada na maioria das vezes como cirurgia alternativa nos casos de falência da trabeculectomia convencional ou como primeira alternativa cirúrgica em alguns tipos de glaucoma muito agressivos como: glaucoma neovascular, glaucomas inflamatórios, olhos com extensas cicatrizes conjuntivais, entre outros.
A cirurgia é realizada com anestesia local e o paciente monitorado pelo anestesista. Algumas complicações incluem: hipotonia, hipertensão pós-operatória, sangramentos, infecção e rejeição do implante.
Novidades no Tratamento do Glaucoma – MIGS
Novas tecnologias no tratamento do Glaucoma apresentam métodos cirúrgicos menos invasivos e capazes de proporcionar maior segurança no tratamento do Glaucoma, são as denominadas Cirurgias Minimamente Invasivas para o Glaucoma (MIGS). Trata-se de uma revolução no tratamento do Glaucoma, e torna-se uma das abordagens cirúrgicas preferidas pelos especialistas em Glaucoma e seus pacientes.
As MIGS tem comprovação na eficácia da redução na pressão intraocular, com um excelente perfil de segurança, poucas complicações e um menor tempo de recuperação pós operatória. Estão indicados tanto em casos refratários ao uso de medicamentos, intolerância aos colírios, sendo também uma alternativa como tratamento complementar associado ou não a outras técnicas cirúrgicas como as cirurgias de catarata por exemplo.
Outras Técnicas Cirúrgicas para o Tratamento do Glaucoma – Ex-Press Shunt
De forma semelhante à trabeculectomia, o Ex-Press Glaucoma Filtration Device (Alcon Laboratories, Inc., Fort Worth, TX) reduz a pressão intraocular ao direcionar o humor aquoso (líquido produzido dentro do olho) da câmara anterior para o espaço subconjuntival, formando uma bolsa filtrante. É composto por aço inoxidável e apresenta 3 mm de comprimento, com um diâmetro de 400 µm externo e 50 µm interno. O dispositivo é implantado abaixo de um flap escleral após realizar um pequeno orifício com uma agulha de 26 gauge (modelo P-50).
Sua abordagem minimamente invasiva apresenta diversas vantagens. O Express está contraindicado em casos de glaucoma de ângulo estreito e para pacientes com muitas sinéquias anteriores periféricas.
O implante foi inventado em 1996. No Brasil, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em abril de 2011. Nos Estados Unidos, foi aprovado em 2003 e na Europa em 1999.